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De todos os combustíveis que nos movem, cotidianamente, o primeiro deles, o primitivo, é o da conservação da própria vida. Mesmo que inconscientemente, e portanto, mais ou menos ocultado entre os demais anseios da existência, nada nos movimenta mais que a necessidade íntima de resguardar a sobrevivência própria, dos nossos e a perpetuação da espécie.
Por natural, o resto vem depois. Dito isto, me parece nítido, quer dizer, mais que isso, óbvio, que a humanidade ou, ainda, brasileiras e brasileiros, pelo menos em algo, chegaram a mais que um consenso, mas a uma unanimidade: todos desejam viver.
Se para uns distanciar- -se, enclausurar-se, sair de circulação em determinado período de tudo o que ora vivemos era obrigação para consigo e para com os outros, nada mais que vidas eram os motivos de tanto.
Se, para outros, por sua vez, a clausura coletiva significou a parada, maior ou menor, da roda das riquezas materiais, demandando propalada racionalidade e proporcionalidade sob a pecha de determinados riscos, ali também havia desejo de vida aos negócios e, por reflexo, às pessoas que direta e indiretamente têm nas atividades econômicas de toda a ordem, logo, sua sobrevivência, como a dos seus e da espécie humana.
E notem: ambos corretíssimos. Ambos, cada qual a seu modo, defendendo a vida.
Afinal de contas, quem, e em que momento disto tudo que ainda não acabou, além de não ver tal axioma, por pior, detectou sendas conflitantes a ponto de separar somente pela diferença dos discursos de defesa aqueles que se preocupavam com a humanidade dos que supostamente só se ativeram às questões financeiras?
Ora, isto nunca se deu...
Prova cabal da unanimidade emergida se percebe ululante no que parece ser discussão divergente quando se trata, então, da tão sonhada por alguns, tão atacada por outros, vacina.
Os que a defendem aplicável emergencial e universalmente, e até obrigatoriamente como existem defensores nas ruas, nas instituições, nos Governos municipais, estaduais e até no Federal a enxergam como o alicerce das soluções sanitárias e, reflexivamente, econômicas. Vide os ditos do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco Central.
Por outro lado, os que simploriamente são designados como negacionistas, redundam tão somente em, ainda que temerosos (não temerários) defensores de segurança científica naquilo que julgam ter sido apressadamente concebido por laboratórios mundo afora. Assim, temem por efeitos colaterais imprevisíveis no decorrer do tempo. Quem sabe até nefastos.
Trata-se, pois, igualmente, de cautela diante do bem maior: ela, a vida.
Claro, fica nisso a unanimidade que, penso eu, mais que latente, é notória.
Mas eis então outra peculiaridade humana, ao passo que nem nas certezas, sequer o consenso, é um talento ou propensão da nossa espécie. Nisto, tudo continua normal.
Sim, eu sei, há gentes intencionando proveitosos frutos eleitoreiros e, para tanto, se apropriam ou coadunam dos sofismas dos lados que, pela perspectiva vital, pode-se ver, não existe.
No entanto, estes, igualmente, intencionam sobrevivência. Só que a sobrevida buscada é a política. Tal não deveria ser peculiar ao ser humano. Mas é...